terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Maybe I need some Freud pills...

Nada Pelas Medidas (REQVIEM)

Olhos cansados te tanta libertinagem tentar ver,
Membros fatigados de vão empenho de adormecer,
Uma música indiana de fundo,
E rouxinóis poetas a acompanhar.
Um mastro inalcançável cansa o gozo.
Bela e inquietante juventude está a ser
Não quero dela padecer.
Nada acende mais a alma que o trágico,
A dúvida,a incerteza
E destas,o plágio.
Então,encaminho-me
Ao compladecente Jardim Público
Mostrando o que é mamário
E púbico.
Velho mundo é,com tudo se espanta.
Até mesmo eu! Que julgo ser uma anta.

Encenemos,então, o hipócrita espanto.
Vejamos galãs a acobardar
E miladies em pranto.
Avante vá a minha vontade,
De ver mangalhos e tetas!

Não me podia ficar com nada pela metade,
pois não?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

FAREWELL

Já sei o porquê de não conseguir escrever...

...

A saudade já existia.


O DOMINE DEVS DONA MIHI PACEM

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

I couldn't Write This Poem...

Gritaria imensa,tola,saíra de boca de tolos
Da discussão frívola de tetas serem toldos.
E,ainda,feita,foi mais uma conversa de traseiros.

Quem valerá a quem?

Já são assaz torturantes "capitas" insapientes.
Queixosas da merda genital latente.
Ainda dispostas,putas,muito putas são.

Latejantes.

Haveremos rameiros jazidos lânguidos,no chão.
Encharados em vinho,os seus preciosos são.
E,nós,matronas,os bebemos.

Quem valerá a quem? Que foderá quem?

Esfumam-se os homens.O estrogénio impertinente insiste.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Laughs To The Queen

Expurga-se a dama da lama,porcelana
Castrada,assexuada para o Mangalho
Leiteira é!
E atenção,my lords,a merda caprichosa!
Um,dois,três
E é enlameada outra vez.

Dança uma "volta"
Ao passo de tão roliça rebola.

(LAUGHS)

Olhares de soslaio,
E unhas pálidas da inveja hepatite
Cabra! Substituta da Praça!
Não consentis minha graça?
Haveis perdido o duelo de estrogénio?
Oh,Dear Lord!Esgotou-se-vos o génio!
(LAUGHS)
Só não se vos esgotai a dita verde...

My Lady,let me reign...
It pleases me to be the Queen...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Fornicação & Afins

Fodem-se todos!...
E eu fodo-vos também...

Com a ténue paciência para erguer um membro
Como um duque e duquesa.
Tesão que não demora
E gasta-se nos fluídos dos buracos!

E fodem-me a efémera paciência com fezada impertinência!
Dizem os pobres desvairados:"Oh!Que cruel sois!"
Pois espetem-lhes um mangalho na láctea boca
Com uma força de ambos bois!

Prosas viscosas,sem mérito séquito.

Oh,que espiga!

Quase amolecida de cansaço no final de cópula,
Debruço-me,já,sobre outra.

Arquiduques,Duques,Condes,Marqueses,Viscondes,Barões,vulgares...
São a pele e o cetim dos altares.

Fodam-se de igual modo e honra!

Já sem ímpeto para mais paródia e mal-dizer
Converso comigo
A fim de ter mais que foder.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Governarei O País!...

Com bel-grado,ansiamos o desconhecido
Que preza coxas,virilhas e algo mais...
Mostrando cadência,postura heróica
E linguagem helénica ainda mostrais.

Minha desnorteada boca,seca e sem brandura,
Onde mil líbidos brotam e sem rei perdura.
Boca,cuja finalidade é atacar:
Desde o inútil assexuado ao tosco que carnes não sabe considerar.

Anseio-vos,rasgo-vos,com vil e assaz delicadeza
E prefiro ainda que no Acto me chameis "Alteza"!

O desconhecido excita,
O desconhecido eroticamente sabido...
Entra em mim e sai,gozando
Da quente textura do vazio esculpido.

Palavra de ordem-MAIS!
Querido...não temais:
Mulher sou e feita de carnes tais.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Diálogo: Freud & Menina

(Menina inconvencional entra num palco vazio, onde se encontra Freud, sentado, pernas cruzadas, papel e caneta na mão, pronto para a sessão)

Freud: Como se sente, Menina?

Menina: Acho que banal...

Freud: Banal? Não é a Menina aquela que todos apelidam de Louca?

Menina: Sou louca!

Freud: Está louca ao dizer que está louca, só pode ser!

Menina: Não,não pode! Sou literalmente louca!

Freud(impaciente): Insiste nessa ideia porquê?

Menina(também impaciente): Porque estou, de facto, louca!Sem juízo!

Freud: Veremos...(hesita) Qual considera o seu maior problema?

Menina: Complexos.

Freud: Isso totalmente humano é!

Menina(aterrorizada): Também possuo medo da imperfeição! Ela é tão feia! (esconde a cara)

Freud(aproximando-se e exortando): É feia de meter medo ao susto! (voltando a sentar-se) Diga-me...com a sua amiga Consciência, costuma dialogar?

Menina(com ar de enfado): Sim! E Muito! Não me larga!

Freud(curioso,ar perverso): E com o seu amigo intímo e inconsciente, o Id?

Menina(expressão de felicidade): Esse é de loucos!(diminui o tom de voz) Ao que parece só alguns o desejam como amigo...Há quem diga, os mais peneirentos, que nem sequer existe tal nos próprios...talvez seja vergonha (ar de lamento).Há quem diga que é o papão do juízo,e que não tem cabimento,(sorriso de conforto)por isso é o meu melhor amigo, em vez dos diamantes.

Freud(com ar de satisfação): Ele é muito humano,não é? ...Como a Menina!

(As duas personagens dão gargalhadas)

Menina: Exactamente! Precisamente!(diz ela com postura de satisfação)

Freud: Então e o Superego,como é que anda esse anjinho?

Menina(sacode o braço em sinal de desagrado):Esse é uma espiga,é amigo íntimo dos meus arquinimigos, os Padrões,essas coisas que não deixam o homem nem a mulher ver com olhos mas com vaidade.Não deixa ninguém fazer nada (cruza os braços).

Freud: Mas se a menina não o tivesse na Lista de Contactos seria uma psicopata,sabia? (pergunta inclinando-se para a frente)

Menina(expressão de tédio): Ya,Freud, sabia...

Freud: Ainda bem !(recuando)E sabia também que o Superego é também humano,não sabia?(inclina-se de novo)

Menina(voz grave,olhos semicerrados) Ya,Freud,ya...

Freud(expressando curiosidade): Diga-me o que a sua mente a manda fazer agora, precisamente?

Menina(levanta-se e põe-se de pé em cima da cadeira,eufórica): Apetece-me saltar e abanar a cabeça como se a pudesse desenroscar do corpo, trepar paredes, carpir, rir, gritar, mandar todos para o inferno, ser mais,ser menos! Fazer a maior festa sem festa da vida!...

Freud(atento): E seria capaz de realizar tudo isso?

Menina(subitamente): Agora!

Freud: Calma, isso é o seu amigo Id a influenciá-la para essas aventuras!(risos de Freud)

Menina(desce da cadeira,ar melancólico): Mas o vazio é grande...penoso...preto...nem sabe o que quer...

Freud(surpreso):Ah...Eis o seu amigo Ego/Consciência!

Menina(encolhida sobre si): Tenho vergonha,medo,a mancha preta é enorme! Os complexos,a raiva,o cansaço,o pesar de ficar só,a tela que fica para sempre branca,a não aceitação da humanidade,a ignorância,o exagerado optimismo/pessimismo...esses são os grandes matadores...Esses sim,tudo rasgam cá dentro,mas o Superego,o grande comparça dos mesmos...encobre-os...cobarde...

Freud(colocando os antebraços sobre os joelhos,direcionado-se à Menina): Já sei qual o seu problema!Não é nada de grave...(Menina petrificada,atenta)Não se assuste...o seu problema...é ser...humana.