Sendo eu ávida do pensamento de amor
De quando as duras asas da líbido esvoaçam,
De nada o corpo é feito,
De infernos a alma é atormentada!
Supremo Divino,dá-me um momento de puro fausto,
Peço-te!O "não" é a constituição das lágrimas cristalizadas,
A tua renúncia às minhas preces justa é,mas,rogo-te,deixa-me ter os lindos olhos castanhos...
Se humano,se fosses mulher,
Entenderias como é farta a longa espera da esperança,
Saberias,talvez,o que é a renúncia tormentosa,a má nova da perda,
Conhecerias vida com olhos de algo lacrimoso.
Mas,lágrimas já de mim são desconhecidas!
sábado, 25 de abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
É Um Amor De Um Ser Capaz De Possuir,Cortejar E Rondar E Carpir
Nem sentir o amar afagado posso,
Que alastra impiedosamente almas,
Embora,querido,sinta o feroz amor da possessão.
É um amor de um ser capaz de possuir,
Cortejar e rondar e carpir.
É um amor bruto que manipula os não-pensados-gestos,
Que amordaça o refém.
Mas todo o delírio se exaura
Na ilusão do casto e afagado amor
Que não verto,que não tremo.
E a ti,querido,todo o ímpeto
Não toca,(nem sente,nem vê)nem desloca do não saber
Do meu queixume e surdo delírio,querido,
É um amor de um ser capaz de possir,cortejar e rondar e carpir.
Tânia Passinhas
Que alastra impiedosamente almas,
Embora,querido,sinta o feroz amor da possessão.
É um amor de um ser capaz de possuir,
Cortejar e rondar e carpir.
É um amor bruto que manipula os não-pensados-gestos,
Que amordaça o refém.
Mas todo o delírio se exaura
Na ilusão do casto e afagado amor
Que não verto,que não tremo.
E a ti,querido,todo o ímpeto
Não toca,(nem sente,nem vê)nem desloca do não saber
Do meu queixume e surdo delírio,querido,
É um amor de um ser capaz de possir,cortejar e rondar e carpir.
Tânia Passinhas
sábado, 4 de abril de 2009
Em Sonhos Vi A Alegria Do Desejo
Em sonhos,vi a alegria do desejo,
Sós,numa funesta casa-de-deus,
A luz quase vertia
E o ar,atmosfera e cor fria
Nada fizeram por encarcerar desejos meus.
Senti-me a cair,quando pousaste tua mão na minha,
Estremci,delirei por vãos e vagos momentos de doce prisão,
Logo que pousaste os teus lábios nos meus,
Morri de esplendor fatal.
Mas,ao fim de não dar cara à penosa saudade,
Negámo-nos,negámos o sabor da paixão,
E,abdicámos de uma só morte.
Tânia Passinhas
Sós,numa funesta casa-de-deus,
A luz quase vertia
E o ar,atmosfera e cor fria
Nada fizeram por encarcerar desejos meus.
Senti-me a cair,quando pousaste tua mão na minha,
Estremci,delirei por vãos e vagos momentos de doce prisão,
Logo que pousaste os teus lábios nos meus,
Morri de esplendor fatal.
Mas,ao fim de não dar cara à penosa saudade,
Negámo-nos,negámos o sabor da paixão,
E,abdicámos de uma só morte.
Tânia Passinhas
Pobre Devasso De Túbal
Bocage,eis o pobre devasso de Túbal,
Com punhais cravados no lânguido peito,
Eis o homem que desejou horrores,
O poeta que com ternura voraz invoca a morte.
À noite,costumava chamá-lo para o ter no seu seio;
E a sua amada,detentora do seu delírio,
Detentora do seu ciúme e contentamento;
Os ministros do Ciúme mostraram-se bons degoladores da sorte,meu bom Bocage,
Fazendo deste homem a personificação do tormento.
Ah,Manuel Maria,como carpiste,
Como desenterravas as cicatrizes debaixo da tua pele.
E te viste alucinado,errando o doce fel,
Mas...nem o cárcere te privou,
Nem a Má Fortuna de deixar deslumbrar as divindades.
Quero morrer no teu sacro fogo,
Quero jazir no teu peito!
Tânia Passinhas
Com punhais cravados no lânguido peito,
Eis o homem que desejou horrores,
O poeta que com ternura voraz invoca a morte.
À noite,costumava chamá-lo para o ter no seu seio;
E a sua amada,detentora do seu delírio,
Detentora do seu ciúme e contentamento;
Os ministros do Ciúme mostraram-se bons degoladores da sorte,meu bom Bocage,
Fazendo deste homem a personificação do tormento.
Ah,Manuel Maria,como carpiste,
Como desenterravas as cicatrizes debaixo da tua pele.
E te viste alucinado,errando o doce fel,
Mas...nem o cárcere te privou,
Nem a Má Fortuna de deixar deslumbrar as divindades.
Quero morrer no teu sacro fogo,
Quero jazir no teu peito!
Tânia Passinhas
Em Comparação Com Bocage...
Quando o sol morre,nasce o suspiro...
RETRATO PRÓPRIO
Magra,de olhos castanhos,cara branca,
Mal servida de pés,anã na altura,
Fatal de fachada.o mesmo de figura,
Nariz perfeito no meio,e não de santa;
Capaz de assistir num só terreno,
Mais propensa ao furor do que à ternura
Bebendo em trigadas mãos por taça escura;
De zelos infernais letal veneno;
Devota incensadora de mil virilidades
(Digo,de moços mil) num só momento,
E somente no altar recusando os frades.
Eis Tânia,em quem luz algum talento,
Saíram dela estas mesmas verdades,
Num dia em que se achou no desalento.
RETRATO PRÓPRIO
Magra,de olhos castanhos,cara branca,
Mal servida de pés,anã na altura,
Fatal de fachada.o mesmo de figura,
Nariz perfeito no meio,e não de santa;
Capaz de assistir num só terreno,
Mais propensa ao furor do que à ternura
Bebendo em trigadas mãos por taça escura;
De zelos infernais letal veneno;
Devota incensadora de mil virilidades
(Digo,de moços mil) num só momento,
E somente no altar recusando os frades.
Eis Tânia,em quem luz algum talento,
Saíram dela estas mesmas verdades,
Num dia em que se achou no desalento.
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