Nem sentir o amar afagado posso,
Que alastra impiedosamente almas,
Embora,querido,sinta o feroz amor da possessão.
É um amor de um ser capaz de possuir,
Cortejar e rondar e carpir.
É um amor bruto que manipula os não-pensados-gestos,
Que amordaça o refém.
Mas todo o delírio se exaura
Na ilusão do casto e afagado amor
Que não verto,que não tremo.
E a ti,querido,todo o ímpeto
Não toca,(nem sente,nem vê)nem desloca do não saber
Do meu queixume e surdo delírio,querido,
É um amor de um ser capaz de possir,cortejar e rondar e carpir.
Tânia Passinhas
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