Cambaleemos,sós,neste antro para a Ignorância,condenada pela ancestral desventura.Cresçamos,lá,tão repletos de miséria e desejo e jurarei que é amor.Num adormecido lago,farás a aliança comigo,para nos juntarmos ao prateado luar.
Um horizonte de fogo,a pira que chora,cai no abismo e trai meu olhar,fixo-o em si,oh meu Satyr velado,como é caoticamente incolor o penoso desejar.
Distantes queixumes persistem,lençóis que venerámos outrora,desabem os céus,quebrem-se as piras pendulares.
Meus caprichos,uma rosa encarnada,que grita meu nome da vazia jarra,junto ao leito do lamento.
O torniquete ficara intacto quando deixaste,lembra meus brancos,leves e macios braços ao teu pescoço.
Ouve a música do lamento,as notas quebram-se!
Cambaleemos,finalmente sós,debaixo do luar,onde os cortesãos gumes não nos firam.
Jussara Corrupto do Karmo
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