segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ária na Memória de Fradique Mendes

I

De castiçal nocturno,sai o fumo silhueta,
Lá para o cume da razão
Os ecos da amnistia fatídica herdou.
Sobre o seu rígido e vigorado dorso,
A insígnia dos rituais mil.
A sumidade amarra-se a si para assumir a plena nudez.

II

Varão dos mil e um mundos,
As suas cantadas hereges aversas ao supremo,
Esquecidas na airosidade dos novos adágios,
Expugnadas.
Dorme eternamente este herege cantante,
Na magistral ostentação.

III

A míngua da habilidade é merecedora de inúmeros réquiens.
As suas peripécias suprimem o indolor encanto
O vistoso e pomposo saber ocupa vagos lugares
Neste recinto de zés-ninguém.
Zarpemos ou latinizemos estas beatas almas.
Tua correspondência será o chamariz da banalidade.

Cristóvão Voyeur

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